Ativista trabalha para garantir a inclusão e reduzir o capacitismo no Brasil
De acordo com o IBGE, conforme censo de 2010, 18,6% da população brasileira possui algum tipo de deficiência visual. Desse total, 6,5 milhões apresentam deficiência visual severa, sendo que 506 mil têm perda total da visão (0,3% da população) e 6 milhões, grande dificuldade para enxergar (3,2%).
Apesar desses altos números, alguns problemas, como a falta de inclusão e seu consequente capacitismo, ainda assolam essa parcela da população.
Quem fala melhor sobre o assunto é Arthur Vidal Miyazato, deficiente visual e referência nessa luta. Ele começa explicando o conceito de capacitismo, o preconceito contra pessoas com deficiência.
Arthur complementa se aprofundando: “Vale ressaltar que o capacitismo ocorre quando nos subestimam ou superestimam, eles acontecem quando se prefere falar com o acompanhante (da pessoa com deficiência) ou nos tratam como grandes heróis por fazermos coisas simples”, conta.
“Precisamos aumentar a conscientização sobre as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência visual em sua vida diária. A inclusão é fundamental, pois todos precisam entender as barreiras que podem existir desde andar na rua até a maneira como outras pessoas nos tratam”, explica.
Segundo Arthur, os deficientes visuais muitas vezes são colocados em uma espécie de ‘bolha’ pela sociedade, com a intenção de protegê-las. No entanto, esse cuidado excessivo pode, em alguns casos, resultar na diminuição de sua autonomia e na criação de uma dinâmica de submissão. Nesse sentido, ele pontua:
“Percebo que acontece em muitas famílias de pessoas com deficiência. Nos aborrece muito quando estamos acompanhados e as pessoas, ao invés de falarem conosco, se dirigem apenas ao acompanhante, como se não fôssemos capazes de nos comunicar”, desabafa.
Além disso, ele garante que o capacitismo também é frequente, visto que não raramente os deficientes visuais são colocados de maneira inferior ou superior por causa de sua condição.
Profundamente comprometido com a causa, Arthur tem desenvolvido conteúdos nas redes sociais e muitos planos para expandir a sua atuação e levar ainda mais informação para as pessoas: “Sou apaixonado por criar mudanças positivas. Tenho muita disposição para seguir trabalhando para promover a conscientização e a inclusão”, finaliza.
Confira no Youtube um vídeo sobre a necessidade da acessibilidade:
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