Atletas pegos no doping: Vilões ou mocinhos? Especialista comenta casos

Recentemente, o mundo dos esportes viu-se abalado por dois casos de doping que envolvem figuras de destaque em diferentes modalidades. Paul Pogba, astro do futebol, foi pego em um exame antidoping após o uso de testosterona, enquanto a estrela do tênis Simona Halep recebeu uma suspensão de 4 anos por testar positivo para Roxadustat durante o US Open de 2022.

Mas afinal, o que é doping? De acordo com o preparador mental esportivo, Lincoln Nunes, ele é caracterizado como o uso de substâncias lícitas ou ilícitas, métodos e drogas que têm o potencial de aumentar o desempenho esportivo de um atleta. Essas substâncias podem fornecer vantagens físicas e psicológicas, comprometendo a integridade do esporte.

Para Lincoln, é essencial compreender que performance não é sinônimo de saúde, e saúde não é sinônimo de performance, “Alguns atletas recorrem a substâncias que podem ter propósitos legítimos, como a testosterona, que pode ser usada para várias finalidades, incluindo tratamento médico. Por isso, é crucial contar com uma equipe multidisciplinar que inclua médicos, nutricionistas e preparadores físicos para orientar os atletas sobre o que é seguro e legal em termos de suplementação e tratamento médico. A educação dos atletas sobre os riscos associados ao uso inadequado de substâncias é fundamental.”, explica o profissional.

A história do doping é longa, mas somente em 1968 o Comitê Olímpico Internacional começou a realizar os testes antidoping, com o objetivo de detectar substâncias proibidas e garantir a integridade das competições internacionais.

No caso de Simona Halep, a substância Roxadustat, que aumenta a produção de hemoglobina e glóbulos vermelhos no sangue, pode melhorar a resistência, mas seu uso foi considerado uma violação das regras antidoping. Ela agora enfrenta uma suspensão de 4 anos imposta pela Agência de Integridade do Tênis.

Paul Pogba também enfrenta um exame antidoping positivo por uso de testosterona, que pode melhorar a massa muscular e o condicionamento físico. Ele está suspenso preventivamente e passará por uma contraprova em 20 de setembro. Se o resultado se confirmar, o meia do futebol pode enfrentar uma suspensão de 4 anos.

Nunes destaca que esses casos destacam a importância de um acompanhamento médico rigoroso e da conscientização dos atletas sobre os riscos associados ao uso de substâncias que possam afetar sua saúde e integridade esportiva. O esforço contínuo para combater o doping é fundamental para manter a justiça e a equidade no mundo do esporte.

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